A Conferência Científica Internacional sobre Florestas da Bacia do Congo, encerrou hoje, Quarta-feira, 17.04.2025, no Centro Cultural Chiloango, com as seguintes conclusões:

1-Bacia do Congo é nossa terra comum;

2-Existência de vestígios de grandes símios (chimpanzés e gorilas) na floresta do Maiombe;

3-Existência de políticas e leis aprovadas pelos governos para a gestão, manutenção e conservação das florestas dos países da bacia do Congo;

4-Há fraco monitoramento das florestas da bacia do Congo, que influencia a perda e destruição da biodiversidade;

5-Os conflitos políticos geram insegurança que infere na gestão das florestas da bacia do Congo;

6-A exploração descontrolada dos recursos florestais causa impacto negativo ao meio ambiente;

7-A conservação das florestas da bacia do Congo requer o envolvimento de todos;

8-Há necessidade de organizações nacionais e internacionais que promovem parcerias para investigação científica, formação e capacitação das comunidades para a preservação e conservação da Biodiversidade das florestas da bacia do Congo;

9-A insuficiência de técnicos e condições necessárias dificultam o controlo das florestas da bacia do Congo;
10-Há necessidade de se mudar o paradigma de intervenção, reforçando a liderança local;

11-O estado degradado das infraestruturas rodoviárias, comprometem o desenvolvimento das florestas da bacia do Congo;

12-Há necessidade de se combater à Desflorestação provocada por queimas, caça fortiva e produção desgovernada de carvão por diferentes comunidades rurais;

13- Há necessidade de se monitorar a saúde dos solos das florestas da bacia do Congo, tendo de se fazer análises periódicas de solo com parâmetros físicos e químicos, continuando com a avaliação de fertilidade e da produtividade dos solos das florestas da bacia do Congo;

14-É preciso incluir-se a análise foliar para o diagnóstico nutricional das plantas no processo de preservação e conservação das florestas.

Falando aos presentes, o Reitor da Universidade Onze de Novembro, Kianvu Tamu, classificou o evento de mais valia para melhoria das florestas da bacia do Congo.

A cerimónia de encerramento contou com a presença da Secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice Ceita e Almeida, em representação do Ministro de tutela, Vice-Governador para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas, Juliano Capita, em nome da Governadora Provincial de Cabinda Suzana Abre, Reitor da Universidade Onze de Novembro, membros do Governo Provincial de Cabinda, académicos nacionais e estrangeiros.

De salientar que, a Conferência Científica Internacional sobre Bacia do Congo co-organizada pela Universidade Onze de Novembro, apoiada pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com as Florestas da Bacia do Congo, co-facilitada pelas Repúblicas do Gabão e França, contou com académicos angolanos, da RDC, do Congo, de Portugal e França.